“Algumas pessoas não chegam sequer a procurar psicoterapia por estarem na ilusão de que têm um psicoterapeuta virtual”, disse a investigadora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) do Porto, em declarações à Lusa.
Mariana Barbosa recordou uma situação em que uma paciente chegou a uma consulta com um diagnóstico de défice de atenção e hiperatividade elaborado pelo ChatGPT, que estava errado.
A psicoterapeuta mencionou que as sugestões da IA prejudicam os pacientes através dos erros de diagnóstico e das recomendações de estratégias sem a devida avaliação psicológica da pessoa.
Os pacientes entram numa ilusão e acreditam que têm um psicoterapeuta virtual, excluindo o verdadeiro profissional de saúde, acrescentou Mariana Barbosa.
A investigadora disse ainda que existem pessoas deprimidas e com pensamentos suicidas que não recorrem à ajuda profissional por lidarem com o problema através da IA.
A professora sublinhou que os profissionais de saúde podem utilizar a IA como auxiliar, mas os pacientes não podem usar o sistema como se fosse um verdadeiro psicoterapeuta.
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