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PAN em campanha no Mercado dos Lavradores para “semear a esperança”

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“Gosto do seu poder de criticar, ajudar, tentar fazer melhor”, ouviu Mónica Freitas de um vendedor, enquanto distribuía cumprimentos e canetas pelos corredores do mercado, ocupados por madeirenses, mas também por muitos turistas.

 

Antes, a também porta-voz do PAN/Madeira já tinha falado aos jornalistas do ‘feedback’ positivo que o partido tem recebido nas ruas, com a população a “reconhecer o trabalho desenvolvido” em matérias como a causa animal, natureza e justiça social, com várias propostas relativas à proteção dos idosos e das pessoas em situações de maior vulnerabilidade, entre outras.

“E é nesse sentido que continuaremos aquele que é o nosso trabalho, as nossas propostas e continuaremos nesta reta final confiantes a semear a esperança”, salientou.

Reiterando que é preciso “devolver credibilidade às instituições e, mais do que estabilidade, é preciso sair deste impasse político” em que o presidente do Governo Regional e do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque”, colocou a região, Mónica Freitas voltou a dizer que os sociais-democratas “não contarão com o apoio do PAN” enquanto não mudarem a liderança.

“Enquanto Miguel Albuquerque estiver à frente do PSD, enquanto não houver maiores conclusões sobre o processo que levou à queda do Governo, tanto quanto ao presidente constituído arguido, como metade do Governo que, entretanto, também foi indiciado por crimes de corrupção, não contarão com o apoio do PAN”, assegurou.

O PAN elegeu pela primeira vez deputados à Assembleia Legislativa da Madeira em 2011, mas quatro anos depois integrou a coligação Mudança (PS/PTP/PAN/MPT) e perdeu a representação.

Em 2023, Mónica Freitas foi eleita pela primeira vez deputada, tendo celebrado um acordo parlamentar para assegurar a maioria absoluta da coligação PSD/CDS-PP.

Seis meses depois do acordo, a deputada única do PAN retirou a confiança política a Miguel Albuquerque, constituído arguido numa investigação sobre corrupção e que acabou por se demitir do cargo.

Contudo, reafirmou hoje Mónica Freitas, “se o PSD conseguir tirar Miguel Albuquerque de cena, apresentar um Governo que tenha condições, que transmita confiança política, não esteja envolvido neste tipo de processos [judiciais] e tenha condições para formar Governo, se for isso o que os madeirenses e os porto-santenses demonstrem nas urnas a 23 de março, o PAN colaborará no parlamento, proposta a proposta”.

Para o caso de querer apresentar propostas sobre floricultura, Mónica Freitas levou hoje sugestões de Cecília Rodrigues, florista com uma banca junto à entrada do Mercado dos Lavradores, que não se queixou da falta de clientes, mas dos “produtores que não querem trabalhar”, e defendeu “ajuda para quem quer começar”.

Cecília Rodrigues, florista há 54 anos, contou ainda que, ao contrário do que se possa pensar, já que está num mercado marcadamente turístico, os seus “melhores clientes são os madeirenses” e também “alguns continentais”, que “levam todo o tipo de flores”. Já os estrangeiros, acrescentou, preferem as estrelícias ou as orquídeas.

Ao contrário de Cecília, os melhores clientes de Jorge Martins, com uma banca de sementes e bolbos no primeiro andar do mercado, são os estrangeiros.

“Aqui quem vem é turista”, constatou, mostrando à Lusa já depois de a comitiva ter passado mensagens de WhatsApp que vai recebendo de clientes alemães “que vêm cá todos os anos” e vão dando conta dos progressos das suas plantas, com fotografias e vídeos.

“Vamos sempre mantendo o contacto”, disse, orgulhoso de fidelizar clientes, mesmo que morem a milhares de quilómetros.

Às legislativas de domingo da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, concorrem 14 candidaturas que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

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