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Ministro da Agricultura lamenta instabilidade causada pela oposição

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Em declarações à Lusa, à margem da ProWein, principal feira de vinhos do mundo que se realiza na Alemanha, José Manuel Fernandes referiu acreditar que a crise se vai resolver rapidamente e confia que este período de instabilidade não vai afetar as exportações portuguesas.

 

“Era melhor que não existisse instabilidade (…) Seria mais benéfico ainda se não tivéssemos ido para eleições. As pessoas que me encontram de outros países e de outros estados-membros questionam-me como é possível Portugal estar com tanta força, com uma situação económica muito positiva, com a diminuição da dívida pública, com crescimento económico, [e] chegarmos a uma situação destas. Isso não significa que essa situação em que as pessoas ficam incrédulas não nos leve a fazer o trabalho que temos de realizar”, aponta.

“Respondo que isto vai ser rápido e que Portugal voltará a ter estabilidade (…) e que retomaremos sem interrupção as medidas que estavam a ser tomadas (…) No fundo, retomaremos tudo aquilo que é transformação que estávamos a fazer, mas não deixaremos de assumir o que estava em curso. É um desaceleramento ligeiro que voltará a levar a um aceleramento de todo o trabalho que estávamos a fazer”, assume.

José Manuel Fernandes lamenta a situação atual, referindo que as oposições “assim o quiseram”.

“O que é importante é termos, e continuarmos a ter, um primeiro-ministro chamado Luís Montenegro que tem feito um trabalho excecional. Muita gente não estava à espera da força que imprimiu em pouco tempo, e todo o trabalho que realizou”, defende.

José Manuel Fernandes esteve na ProWein, que começou domingo e termina hoje, e onde estão cerca de 250 empresas portuguesas.

“A minha presença significa um sinal de apoio, de agradecimento, de reconhecimento a todo o trabalho que tem sido desenvolvido nesta área. Temos o objetivo de diminuir o défice agroalimentar. Em 2024 temos excelentes sinais em termos globais, aumentámos a produção de frutos, as exportações da área do vinho, o rendimento ao agricultor”, refere, sublinhando a importância de procurar “outros mercados”.

“É muito importante (…) Numa situação onde há instabilidade em termos globais, fruto da política de [Donald] Trump, é essencial diversificar mercados, procurar novos mercados que também nos deem segurança e previsibilidade. São palavras-chave”, destaca.

O ministro diz ter visto produtores “muito animados e confiantes a fazer bons negócios, com o trabalhado de casa realizado e reuniões pre-agendadas”.

“Um clima de confiança, alicerçada no facto de termos vinhos de uma enorme qualidade, excelentes enólogas e enólogos. Não é por acaso que estamos a reforçar a promoção deste setor”, avança o ministro da Agricultura.

As exportações dos vinhos portugueses cresceram 4,46% em 2024, para 965,8 milhões de euros, apesar do decréscimo do preço médio por litro, que caiu 3,88%, fixando-se nos 2,78 euros.

França manteve-se como o principal destino e a Alemanha caiu do sexto para o sétimo lugar, antes ocupado pelo Canadá, principalmente devido à sua situação económica menos favorável, e à retração no consumo.

Em 2024, o mercado alemão representou cerca de 47,3 milhões de euros, com uma quebra em valor de 2,8% e uma ligeira subida em volume de 0,4%. Tal como nos restantes mercados, houve uma redução do preço médio de 3,1%.

  

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