Está prevista para o próximo dia 27 a leitura da sentença do tribunal de Dar El Beida, perto de Argel, para o escritor que foi detido a 16 de novembro quando chegou ao aeroporto da capital, segundo meios de comunicação como Echorouk e TSA.
Com apoio generalizado em França, o caso Sansal tornou-se um foco de discórdia entre Paris e Argel, cujas relações se tem vindo a deteriorar desde que o Presidente francês, Emmanuel Macron, reconheceu em julho de 2024 um plano de autonomia para o Saara Ocidental. A zona sob soberania marroquina não tem estatuto definido de acordo com as Nações Unidas.
Boualem Sansal enfrenta várias acusações como “minar a unidade nacional, insultar um órgão constituído, práticas suscetíveis de prejudicar a economia nacional e posse de vídeos e publicações que ameaçam a segurança e a estabilidade do país”.
Segundo a acusação, o escritor fez comentários que atentaram contra a integridade do território nacional argelino.
De acordo com o diário francês Le Monde, as autoridades argelinas não viram com bons olhos as declarações que o escritor fez em outubro ao meio de comunicação francês Frontières, considerado de extrema-direita.
Sansal defendeu a posição de Marrocos sobre como o seu território tinha sido retalhado durante a colonização francesa em benefício da Argélia.
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