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Mãe de 20 anos que levou bebé em Gaia já tinha ficado sem 1 filho. O caso

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A história de uma bebé de quatro meses levada pela mãe do hospital de Vila Nova de Gaia, na passada quarta-feira, depois da mulher ser informada que a filha ia ser entregue a uma família de acolhimento correu o país.

 

Ao fim de um dia e meio desaparecida, ao final da tarde de quinta-feira, a menina foi entregue, por um familiar da mãe no posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Carvalhos, em Vila Nova de Gaia.

A bebé “encontra-se bem” e voltou ao hospital (de onde foi levada) pelas 21 horas de ontem, disse fonte da Unidade Local de Saúde (ULS) de Gaia e Espinho à agência Lusa.

Esta sexta-feira, o Correio da Manhã (CM) avança com mais pormenores sobre o caso. Revela o matutino que a mãe que retirou a filha da Pediatria do hospital de Gaia é uma jovem de apenas 20 anos, que vive num acampamento em Grijó, também em Gaia, e já tinha ficado sem outro filho, por falta de condições do local onde reside.

Após decisão judicial idêntica, a mulher conseguiu tirar a pulseira de segurança de um dos tornozelos da bebé, deixou o dispositivo intacto na casa de banho do quarto de hospital onde a menina estava internada desde 21 de novembro e levou a menor para parte incerta.

Hospital só deu conta do desaparecimento 2 horas depois

A retirada da bebé ocorreu quando assistentes sociais estavam já no hospital para concretizar a entrega desta à entidade de acolhimento. No entanto, o hospital só terá dado conta do desaparecimento duas horas depois de acontecer.

Conta o Jornal de Notícias (JN), que eram 13 horas de quarta-feira, 3 de dezembro, quando a mãe retirou a pulseira de segurança à filha, passou pela porta do serviço de pediatria e, sozinha e sempre com a criança ao colo, abandonou o hospital pela porta principal.

Depois, caminhou em direção à estação de Metro, apesar de as autoridades policiais suspeitarem que havia um carro à sua espera num parque de estacionamento existente nas imediações do hospital.

Nenhum alarme foi acionado e a ausência da bebé acabou por só ser notada pelas 15 horas, cerca de 2 horas depois, tendo o desaparecimento sido comunicado à Polícia de Segurança Pública (PSP), nos minutos seguintes.

Mãe visitava bebé diariamente. Avó também esteve lá

A bebé estava internada desde o dia 21 de novembro, porque o Tribunal de Família e Menores de Gaia concluiu que os familiares, a viver num acampamento, não tinham condições para a acolher.

Segundo o JN, foi a própria mãe quem a entregou na unidade de saúde, onde regressava diariamente para visitar a filha, pois não havia nenhuma ordem judicial que a proibisse.

A avó da menina também a terá visitado várias vezes, como revelou, na quinta-feira, o  presidente do Conselho de Administração ULS Gaia/Espinho, Luís Matos, durante uma conferência de imprensa.

ULS recusa qualquer falha

Em reação ao caso, quando a bebé ainda se encontrava desaparecida, o dirigente do hospital de Gaia recusou qualquer falha, seja de segurança, seja a nível dos funcionários.

“Não podemos dizer que houve falha. Tudo isto acontece no momento em que há uma mudança de turno de enfermagem. A enfermaria é muito grande. São muitas crianças. A criança estava acompanhada pela mãe. Em nenhum momento os nossos colaboradores podiam dizer que havia um problema para resolver. E, todos estes tempos, são muito pequenos. Tudo aconteceu de forma muito rápida. Não há forma de imputar responsabilidade direta aos nossos colaboradores”, defendeu.

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Para o presidente do Conselho de Administração ULS Gaia/Espinho “não houve falha”. Bebé “nunca teve alta” e esteve sempre acompanhada pela mãe ou pela avó. Menina ia ser entregue a uma família de acolhimento no dia em desapareceu. Para já, não há sinais do seu paradeiro.

Natacha Nunes Costa | 10:39 – 04/12/2025

O hospital abriu, entretanto, um inquérito interno ao caso. E as autoridades estão a investigar o que aconteceu e como pôde uma bebé desapareceu do hospital de Gaia, sem a pulseira de segurança disparar, e sem ninguém reparar.

 

Leia na íntegra em Notícias ao Minuto