“O que dizemos na República como um todo é o que dizemos também aqui na Região Autónoma da Madeira. Se houver uma maioria de progresso, que é uma maioria de democracia, que é uma maioria de defesa do ambiente, nós somos parte da solução”, afirmou Rui Tavares.
O dirigente do Livre falava aos jornalistas, no Funchal, à margem de uma reunião com a Associação de Familiares e Amigos do Doente Mental da Região Autónoma da Madeira, no âmbito de uma iniciativa de campanha eleitoral para as regionais de domingo.
Rui Tavares acrescentou que, por outro lado, “se houver uma maioria que não corresponda a nenhum desses valores e princípios ideais, também é muito importante o lugar da oposição, porque a oposição feita com lealdade, com honestidade, mas vigorosa, é aquilo que o Livre também sabe fazer”.
O responsável desvalorizou as sondagens que não preveem a eleição do partido no domingo, sublinhando que a mensagem que é preciso passar nestes últimos dias de campanha, que termina na sexta-feira, é a de que os madeirenses ficam “muito bem servidos com a Marta Sofia na Assembleia Legislativa Regional”, que encabeça a candidatura do Livre.
Rui Tavares frisou que a candidata é “uma mulher de trabalho e de coragem, que é muito precisa na Madeira”, onde impera um sistema “que há 50 anos condiciona o exercício político” na região autónoma.
“É preciso fazer as coisas de outra forma, a Madeira tem talento, tem capital humano, tem vontade, tem níveis educacionais mais altos, tem muita gente com vontade de que a política aqui mude e isso faz-se pondo gente de coragem na Assembleia Legislativa Regional”, reforçou.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
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