“Que todos possam passar a palavra para que no próximo domingo, na hora de votar, não faltem, porque estes lugares, este povo, este chão, estes lugares que ficam no ‘cu de Judas’, estes lugares que são as ultraperiferias e este povo têm que ter voz no parlamento, têm que ter quem lute pelos direitos”, afirmou.
O candidato, também coordenador regional da CDU, falava de microfone ligado junto a um bar, no sítio das Courelas, nas zonas altas da freguesia de Santo António, no Funchal, numa iniciativa de campanha em que participou o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
Edgar Silva recordou as várias lutas da CDU pela conquista de melhores condições de vida para as populações dos sítios periféricos, sublinhando que os comunistas não estão ali apenas em época de eleições, mas ao longo de todo o ano.
“Nós estamos aqui porque as pessoas sabem que onde está a CDU é onde os lugares normalmente não têm voz”, disse, vincando que “são lugares que quase não estão no mapa da iniciativa política”.
“É a CDU que está nesses lugares, onde há povo, mas nem o GPS consegue localizar”, reforçou.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega — que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário do PSD, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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