“Sublinhamos o sentido de urgência e a responsabilidade partilhada por progressos rápidos e decisivos numa União da Poupança e do Investimento, com especial destaque para a União dos Mercados de Capitais, a fim de mobilizar a poupança e desbloquear o financiamento dos investimentos necessários para apoiar a competitividade da UE”, vincam os chefes de Governo e de Estado do bloco comunitário em conclusões hoje aprovadas.
A posição surge um dia após a comissária europeia portuguesa, Maria Luís Albuquerque, ter apresentado a proposta do executivo comunitário para uma nova União da Poupança e Investimento, centrando-se num maior rendimento dos depósitos dos cidadãos e em mais financiamento para as empresas, quando existem no bloco comunitário poupanças estimadas em 10 biliões de euros e dificuldades no acesso ao capital.
No dia em que se encontram em Bruxelas numa reunião do Conselho Europeu dedicada ao tema da competitividade económica para alavancar verbas para as prioridades da UE, nomeadamente para o setor da Defesa, os 27 líderes europeus referem o contexto económico “difícil dos últimos anos” e alertam que “os riscos e as incertezas geopolíticas voltaram a aumentar”.
“Políticas bem coordenadas e sólidas asseguraram a estabilidade económica, com a diminuição da inflação a promover a recuperação do rendimento disponível das famílias e a melhoria das condições de financiamento a apoiar o investimento face aos ventos contrários”, assinalam.
Os chefes de Governo e de Estado da UE indicam ainda estar “empenhados em assegurar políticas macroeconómicas sólidas e bem coordenadas que reforcem a produtividade e aumentem o investimento, com vista a promover economias mais fortes que proporcionem um crescimento sustentável e mais inclusivo”.
Esta reunião do Conselho Europeu serve para debater as próximas medidas em matéria de defesa, nomeadamente após a Comissão Europeia ter proposto um plano de rearmamento no valor de 800 mil milhões de euros e apresentado um livro branco com medidas a serem adotadas até 2030, numa altura em que a UE acelera os esforços para reforçar as suas capacidades militares face aos desafios imediatos e futuros.
Ainda no que toca ao financiamento, os líderes da UE vão ter uma primeira troca de pontos de vista sobre o próximo orçamento de longo prazo (2028-2034) e os novos recursos próprios para o suportarem, antes de a Comissão Europeia apresentar a sua proposta no próximo verão.
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