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Israel põe fim a cessar-fogo e ataca. É a “sentença de morte” dos reféns?

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Dezasseis dias depois do fim da 1.ª fase do acordo de cessar-fogo com o Hamas – e após cerca de dois meses de uma relação de altos e baixos -, Israel decidiu voltar a atacar a Faixa de Gaza.

 

As Forças de Defesa de Israel lançaram dezenas de ataques em toda a Faixa de Gaza durante esta noite, depois de terem recebido ordens do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para “atuar com força” contra o grupo terrorista, noticia o The Times of Israel. Segundo o mesmo meio, a ordem do governante acontece depois de o Hamas se ter recusado a libertar reféns.

Recorde-se que Israel exigia que a primeira fase do acordo continuasse até que mais reféns israelitas fossem libertados. Ao Notícias ao Minuto o próprio embaixador de Israel em Portugal tinha garantido que esta guerra não acabaria enquanto os reféns não fossem todos libertados

Na semana passada, o Hamas anunciou a libertação de um refém americano-israelita e ainda a entrega de quatro corpos. Contudo, garantia que isso só aconteceria se, no dia da libertação, as conversações sobre a segunda fase do cessar-fogo, há muito adiadas, voltassem a estar em cima da mesa e durassem no máximo 50 dias.

Israel também teria de deixar de impedir a entrada de ajuda humanitária e retirar-se de um corredor estratégico ao longo da fronteira de Gaza com o Egito.

Hamas só liberta americano-israelita se acordo de tréguas for aplicado

Hamas só liberta americano-israelita se acordo de tréguas for aplicado

O Hamas avisou hoje que só libertará um americano-israelita e os corpos de quatro outros reféns se Israel implementar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, chamando-lhe um “acordo excecional” destinado a recolocar a trégua no caminho certo.

Lusa | 11:53 – 15/03/2025

Israel decide não esperar e volta a atacar

“Perante as repetidas recusas do Hamas em libertar os nossos reféns, bem como as constantes rejeições ás propostas norte-americana”, afirmou Netanyahu, Israel decidiu voltar ao ataque.

Antes de o fazer, terá informado Washington, conforme confirmou fonte da Casa Branca. “A administração Trump e a Casa Branca foram consultadas pelos israelitas sobre os seus ataques em Gaza esta noite”, disse a secretária de imprensa Karoline Leavitt no programa ‘Hannity’, da Fox News.

“Como o Presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Hutis, o Irão e todos aqueles que procuram aterrorizar não só Israel, mas também os Estados Unidos, vão pagar um preço: o inferno vai rebentar“, disse Leavitt na entrevista televisiva.

E assim foi. Mais de 300 pessoas terão morrido nos ataques que tiveram início esta manhã. Um responsável do ministério, Mohammed Zaqout, disse à agência de notícias France-Presse que foram registados “mais de 330 mortes, a maioria crianças e mulheres palestinianas, e centenas de feridos, dezenas dos quais estão em estado crítico”.

Um dirigente do Hamas disse que a decisão do primeiro-ministro israelita equivale a uma “sentença de morte” para os restantes reféns.

O nosso maior medo tornou-se realidade”

Entretanto, as famílias dos reféns já se pronunciaram sobre os ataques, mostrando-se revoltados com o que está a acontecer. “O nosso maior receio tornou-se realidade”, afirmaram num comunicado, onde referem, ainda, que desta forma, Israel está “a entregar a vida dos reféns”.

“Estamos horrorizados, furiosos e assustados com a desestabilização intencional do processo de regresso dos nossos entes queridos do terrível cativeiro do Hamas”, acrescentam.

Já o governo israelita veio reforçar que os ataques não vão acabar enquanto os reféns não forem libertados.

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Leia na íntegra em Notícias ao Minuto