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Diário da República vai passar a publicar documentos em língua mirandesa

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O protocolo foi assinado hoje em Miranda do Douro entre o município local, a Imprensa Nacional — Casa da Moeda (INCM), que publica o Diário da República, e a Associaçon de La Lhéngua I Cultura Mirandesa.

 

À agência Lusa, o presidente da Associaçon de La Lhéngua I Cultura Mirandesa, Alfredo Cameirão, afirmou que se trata de um passo importante porque confere “uma maior dignidade a este secular idioma”.

Para Alfredo Cameirão, este é um importante reconhecimento da língua e, ao mesmo tempo, o reconhecimento por parte do país das características linguísticas deste idioma falado no Planalto Mirandês.

O protocolo assinado prevê também a publicação por parte da INCM de livros em língua mirandesa ou outros documentos relevantes, e a disponibilização nas suas livrarias de obras do património cultural mirandês, selecionadas pelo município local com a colaboração da Associação da Língua Mirandesa.

Por outro lado, a INCM compromete-se a publicar no ‘site’ do Diário da República os atos que o município de Miranda do Douro, com a coloração da Associaçon de La Lhéngua I Cultura Mirandesa, entenda traduzir para língua mirandesa nos termos da legislação em vigor.

De acordo com os termos do acordo, vai ser a INCM a assumir os custos do desenvolvimento e disponibilização universal e gratuita dos conteúdos a publicar.

Para a presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, com a assinatura deste protocolo está-se a valorizar cada vez mais a língua mirandesa: “Temos que aproveitar todos os recursos da INCM para podermos promover e divulgar cada vez mais a língua mirandesa”.

Em 11 de março, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma resolução que cria a estrutura de missão para a promoção e valorização da língua mirandesa.

Segundo o Governo, é assim reforçado “o compromisso com a preservação deste património linguístico nacional, assegurando o futuro do Mirandês e criando condições concretas para a dinamização da região”.

Há 26 anos que o mirandês foi reconhecido oficialmente, através da lei 7/99, que fazia da língua a segunda oficial no país.

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