De acordo com o mais recente relatório sobre a progressão da doença, elaborado pelo Ministério da Saúde e com dados até quarta-feira, do total de casos notificados, 1.537 foram reportados pela província de Nampula, com 32 mortos, e 236 pela Zambézia, com 10 mortos.
O surto de cólera foi declarado em 17 de outubro, em três regiões das províncias de Nampula e na província da Zambézia.
Atualmente, há surtos ativos da doença nos distritos de Mogovolas, Murrupula, Larde, Angoche e na capital provincial de Nampula, além de Mopeia e Alto Molocué, em Zambézia, com uma taxa de letalidade de cerca de 4,5%.
Segundo o relatório, até quarta-feira estavam internados em unidades de saúde do país 44 doentes. Entretanto, devido à vandalização de um centro de tratamento da cólera em Mogovolas, as autoridades de saúde estão há mais de 10 dias sem atualizações sobre a doença na região.
As autoridades de saúde na província de Nampula manifestaram recentemente preocupação pelo nível de desinformação sobre a cólera, após vandalização de mais um centro de tratamento da doença.
“Tivemos a vandalização do nosso centro de tratamento da cólera [no distrito de Murrupula], felizmente não chegaram a vandalizar as tendas (…), mas o que nos deixou mais preocupados é o nível de desinformação que temos a nível do distrito”, disse em 07 de março a diretora distrital da saúde em Murrupula, Énia Zunguza.
As autoridades de saúde de Nampula já tinham admitido em fevereiro que mitos e desinformação comprometeram igualmente a meta de vacinação contra a cólera em Mogovolas, que está entre os distritos mais afetados pela doença naquela província do norte.
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