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Cirurgia de rotina ao joelho termina com perna amputada na Califórnia

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Uma cirurgia de rotina ao joelho terminou para um homem, no sul da Califórnia, nos Estados Unidos, com uma perna amputada, noticia o The Independent.

 

O paciente Wayne Wolff e a sua mulher, Lisa Wolff, avançaram com um processo ao Hospital Universitário California Board of Regents onde tudo aconteceu por abuso e negligência, perda de consórcio e inflição negligente e intencional de sofrimento emocional.

Wayne, de 58 anos, foi diagnosticado com uma ruptura do menisco medial esquerdo e artrite leve no joelho em novembro de 2023 pelo médico Dean Wang, um cirurgião ortopédico especializado em medicina desportiva no Centro Médico Irvine da Universidade da Califórnia, de acordo com o processo, obtido pelo Los Angeles Times.

O episódio aconteceu a 3 de abril de 2024, quando passou por uma cirurgia de duas horas e meia que resultou no corte de um vaso sanguíneo.

O corte levou a um sangramento que só estancou ao final de cerca de 35 minutos tendo o homem perdido cerca de um litro de sangue, isto é, um quinto da quantidade de sangue que o corpo humano contém em média.

À mulher do paciente, Lisa, foi dito que o médico “cortou uma veia” durante a cirurgia e que o seu marido perdeu entre 200 a 250 mililitros de sangue, porém, o casal alega que o cirurgião atingiu, na verdade, a artéria que fornece sangue para a perna.

De acordo com o processo, divulgado pelo Orange County Register, o médico não disse “de forma intencional” a Lisa “a gravidade do ferimento”, tendo em conta que saberia que a quantidade de sangue perdida seria do corte de uma artéria e não de uma veia.

Os três dias que se seguiram após a cirurgia foram excruciantes para Wayne que teve dores que não aliviaram com nenhum medicamento, o que levou a sua mulher, uma antiga enfermeira nas urgências, a implorar que fossem feitos exames para determinar a causa da dor.

O paciente perdeu a sensibilidade na planta do pé e não conseguia movê-lo até que o cirurgião disse, “de forma imprecisa e imprudente”, que o homem tinha sofrido um coágulo sanguíneo na artéria e poderia necessitar de uma amputação.

A metade inferior da perna do homem de 58 anos foi removida a 14 de abril.

“Restam poucas dúvidas de que o uso de imagens simples, como um ultrassom, teria salvado a sua perna. A sua necessidade mais básica foi ignorada e negligenciada de forma imprudente”, pode ler-se ainda no documento, citado pelo The Independent.

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