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Centrais? “Ninguém recorre à remoção de árvores” quando há alternativa

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“Ninguém recorre à remoção de árvores quando tem alternativa concreta, ainda assim, quando isso acontece, é feito dentro da lei e verificada por todas as entidades oficiais, desde a APA [Agência Portuguesa do Ambiente] ao ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas], e com compromissos de reflorestação que ultrapassam largamente as suas obrigações legais”, referiu a APREN, num esclarecimento enviado à Lusa.

A posição das empresas de energias renováveis surge na sequência de um comunicado da associação ambientalista Zero, divulgado na segunda-feira, onde considera que “as energias renováveis não podem justificar a destruição da natureza” e critica as “compensações inadequadas” por essa destruição.

Em causa está a recente publicação de um despacho dos ministérios do Ambiente e da Agricultura, que declaram de “imprescindível utilidade pública” a construção de três parques solares na Quinta do Vale concelho de Condeixa-a-Nova, pela empresa Anadia Green.

A empresa pediu autorização para abater 1.070 sobreiros (970 sobreiros jovens e 100 sobreiros adultos) e prevê a arborização de 7.396 sobreiros no concelho de Marvão.

“A localização de qualquer central renovável para produção de eletricidade, onde se incluem as centrais solares, está dependente da existência e disponibilidade da Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) para poder receber essa potência elétrica, sendo esta uma variável determinante para a viabilidade dos projetos”, apontou a APREN, salientando que a localização dos centros eletroprodutores “não é arbitrária”, mas sim baseada em critérios técnicos, regulamentares e legais.

A associação considerou ainda que a compensação pelo abate de 1.000 árvores com a plantação de 7.000 novas assegura “um saldo positivo para o meio ambiente” e suplanta “em muito as melhores práticas”, lembrando ainda que estas medidas de mitigação são vinculativas.

“Se analisarmos dados do ICNF, verificamos que, nos últimos 20 anos, apenas 5,19% dos sobreiros e azinheiras removidos em Portugal dizem respeito a ‘energias renováveis’, quando comparado com a remoção de árvores promovida por outras infraestruturas, como a rodoviária e a ferroviária”, sublinhou a APREN.

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