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Arcos de Valdevez aponta mão “criminosa” nos cinco fogos de quarta-feira

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“Só podem ser incêndios de origem criminosa. Nesta altura, com a humidade existente nos solos, e à hora que os incêndios deflagraram, não era possível que o fogo começasse pelas condições climatéricas”, afirmou, hoje, em declarações à agência Lusa.

 

O primeiro incêndio deflagrou no Soajo às 07h10, depois às 16h11 na União de Freguesias de Vilela, às 17h29 em Paradela (Soajo), na União de Freguesias de Vilela, São Cosme e Sá, às 21h37 e, em Sabadim às 21h56.

Os cinco incêndios foram dados como extintos ao início da manhã de hoje.

O vereador da proteção civil, que é também vice-presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, disse não estar ainda estimada a área ardida nos cinco fogos florestais.

Segundo Olegário Gonçalves, dos “cinco grandes incêndios, os do Soajo e Paradela e São Cosme e Sá, puseram em perigo várias habitações.

“Tivemos várias corporações do distrito a combater o fogo, com mais de 100 operacionais. Depois veio a chuva e passámos a ter algumas derrocadas e obstrução de vias”, afirmou

Olegário Gonçalves referiu haver “grande probabilidade” que incêndios com estas características “voltem a acontecer, tal como em anos anteriores”, e apontou como exemplo o verão de 2024 em que “o concelho teve incêndios praticamente todos os dias”.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, disse que o incêndio deflagrou depois das 22h00, em zona de mato na encosta de São Silvestre, entre as freguesias de Ferreira, Insalde e Porreiras e consumiu 10 hectares.

“É uma zona muito crítica, de fronteira com o concelho de Valença. Somos periodicamente fustigados com incêndios. Muitas vezes as zonas de fronteira com outros concelhos são terra de ninguém. A gestão florestal não é a mais adequada, mas também tem a ver com o tipo de vegetação existente, como eucaliptos e mato”, referiu.

O autarca socialista disse que as causas da ignição do incêndio estão por apurar.

O fogo foi extinto na madrugada de hoje e “não representou risco para as pessoas ou edificado”.

Vítor Paulo Pereira destacou o trabalho de prevenção dos incêndios e gestão florestal realizado “dentro do concelho pela câmara, pelas juntas de freguesia e pelos baldios.

“Temos recorrido às várias fontes de financiamento. Aproveitamos tudo desde os condomínios de aldeia, ao programa Compete, ao PDR 2030, ao Fundo Ambiental. Nos últimos dois anos, foram investidos 2,5 milhões de euros na prevenção de incêndios e gestão florestal”, frisou.

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