Início Profissão Após ter filho prematuro, enfermeira muda de carreira e dedica-se a bebés

Após ter filho prematuro, enfermeira muda de carreira e dedica-se a bebés

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O momento em que deu à luz mudou para sempre a vida da enfermeira Larissa Gonzalez, que quando regressou ao trabalho decidiu fazer uma mudança de carreira.

 

Enfermeira numa unidade de Cuidados Intensivos (UC) de um hospital do Texas, nos EUA, Larissa confessa que nunca imaginou estar do lado de lá. Habituada a cuidar dos doentes, a mulher diz que o momento em que teve de ser ela a receber cuidados, fez com que a sua visão mudasse.

Segundo conta a revista People, Larissa estava grávida de sete meses quando teve de ficar internada. O filho acabou por nascer sete semanas antes do previsto e precisou de passar 31 dias na unidade de neonatologia do Driscoll Children’s Hospital.

“Estou tão habituada a estar do lado oposto, não estou acostumada a ser a paciente”, recorda.  

O menino nasceu de cesariana a 18 de abril de 2023 e a experiência não foi aquilo que tinha planeado. “Imaginei aquela ligação imediata, o pele com pele, logo após o nascimento”, recorda, lamentando que não tenha sido assim e recordando que o dia mais difícil foi quando ela recebeu alta mas o bebé teve de se manter internado.

Larissa e o marido acabaram por criar uma rotina, em que se mantinham cerca de 5 horas por dia com o filho, um de manhã e outro à tarde. Durante esse período, os colegas de profissão da mulher começaram a encorajá-la a mudar de unidade de trabalho.

A mulher, que sempre jurara que nunca ia trabalhar com crianças, porque “eram seres demasiado pequenos”, negou-se a aceitar a ideia. Mas, aos poucos, depois de regressar ao trabalho, começou a mudar de opinião.

“Estávamos no mesmo piso, e sempre que saía do elevador comecei a sentir saudades e a questionar como estariam (os bebés)”, diz.

Apesar de nunca o ter imaginado, Larissa acabou por mudar e agora diz que nunca mais voltará atrás.

“Adoro aquilo que faço. Não seria capaz de voltar a trabalhar com adultos outra vez. Os bebés, apenas choram, eles não se queixam, não são maus. É todo um mundo novo”, afirma, referindo que a nova profissão permite-lhe também, de certa forma, retribuir aquilo que fizeram por ela.

“Pensei que se pudesse ser aquela centelha na experiência de parto ou na entrada na maternidade de outra pessoa, isso seria o que faria a maior diferença para mim… Era isso que eu queria fazer por outra pessoa, pelos bebés de outra pessoa”, diz.

Notícias ao Minuto Larissa com o filho© Facebook/Driscoll Children’s Hospital  

Volvidos quatros anos do nascimento do filho, e dois desde que decidiu mudar de carreira, a mulher mostra-se mais feliz que nunca e recorda com humor algo que lhe é dito por um colega de trabalho.

“Tu e eu estamos juntos praticamente desde o início — faz todo o sentido que estejas aqui”, diz o colega, que acompanhou a sua experiência enquanto mãe de um bebé prematuro.

 

Leia na íntegra em Notícias ao Minuto