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Análise da Empregabilidade em Enfermagem em 400 enfermeiros com 30 ou menos anos de idade

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Artigos de Autor

Estudo realizado pelo Enf. Ricardo Ribeiro

António Ricardo Ferreira Ribeiro

Licenciado em Enfermagem

19 de Abril de 2009

Resumo

Os dados são relativos a todos os enfermeiros que responderam ao questionário designado por Empregabilidade em Enfermagem, disponível em http://empregabilidadeemenfermagem.pt.vu, entre os dias 30 de Março de 2009 e 18 de Abril de 2009 (20 dias). O questionário foi construído através da aplicação Google Docs, cujo acesso aos dados é condicionado a autenticação, o que garantiu a confidencialidade dos mesmos. Foi garantido o anonimato, já quem nunca é pedido qualquer elemento identificativo ao longo do questionário. O endereço do questionário foi divulgado através dos sítios na Internet: Fórum Enfermagem disponível em http://www.forumenfermagem.org/forum/index.php?topic=4215.0 e Doutor Enfermeiro – Disponível em http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2009/04/novidades.html. O critério de inclusão no estudo foi ter o curso de enfermagem concluído em Portugal.

Responderam ao questionário 430 enfermeiros, com idades compreendidas entre os 21 e os 44 anos. Destes, 400 (93%) tinham 30 ou menos anos. Dado que 93% dos indivíduos tinham 30 ou menos anos, vamos excluir do estudo os indivíduos com mais de 30 anos, limitando o estudo a 400 enfermeiros com 30 ou menos anos.

Dos 400 enfermeiros que responderam, 79,75% tinham 25 ou menos anos de idade. A idade mais representativa foram os 23 anos (26,5%). 74,5% eram mulheres.

A nota do curso de enfermagem mais prevalente é de 15 (37,5%), seguido de 14 (26,25%) e de 16 (25,5%), sendo a média de 14,82 ±1,106 valores. 64% realizaram o curso numa escola de enfermagem pública. 98% eram licenciados (os restantes 2% eram mestres). 14% possuem ou estão a frequentar pós-graduação e 60% não possuem pós-graduação, mas pensam iniciar futuramente.

Dos 400 enfermeiros com 30 ou menos aos incluídos no estudo, 29% responderam estarem desempregados ou empregados noutra área que não a enfermagem. Verifica-se ainda que 25,75% apresentam um vínculo laboral que proporciona estabilidade laboral1. De notar ainda a existência de 3,75% que referem estar em estágio profissional ou regime de voluntariado. Dos que exercem enfermagem, 90% fá-lo em Portugal. 74,25% não estão inscritos em qualquer sindicato de enfermagem.

57% responderam de uma negativa (classificação < 5) à questão “De 1 (mau) a 10 (excelente), classifique o grau de satisfação que tem com as informações que recebeu durante o curso sobre empregabilidade em enfermagem”. 53,28% responderam de forma positiva (classificação ≥ 5) à questão “De 1 (mau) a 10 (excelente), classifique o grau de satisfação que tem com o apoio que recebeu aquando do pedido de ajuda/informação aos sindicatos de enfermagem (responder apenas se tiver existido alguma situação em que tenha pedido ajuda/informação a algum sindicato)”.

Em relação ao número de enfermeiros em Portugal (a exercer funções nos serviços de saúde), 61% referem ser em baixo número, 24,75% referem ser em excesso e 14,25% referem ser em número suficiente.

Em relação ao número actual de alunos de enfermagem, 95,75% refere como excessivo o número de vagas actuais para o curso de enfermagem.

Dos enfermeiros que já estão a exercer enfermagem, 25,94% referem ter demorado menos de 1 mês a começar a exercer enfermagem, 23,89% entre 1 e 3 meses, 28,33% entre 4 e 6 meses, 18,53% entre 7 e 12 meses, 3,07% entre 13 e 18 meses e 0,34% entre 2 e 3 anos.

Os que ainda não exercem enfermagem, 30,71% estão desempregados há menos de 3 meses, 10,24% de 3 a 6 meses, 46,46% entre 7 e 12 meses e 12,6% há mais de 1 ano.

81,25% responderam de forma negativa (classificação < 5) à questão “De 1 (mau) a 10 (excelente), o que pensa da forma como decorrerem os recrutamentos de enfermagem (tempo para concorrer, divulgação, critérios de exclusão e outros factores relacionados com os processos de recrutamento)”.