Na madrugada de dia 13 de dezembro, um bebé com 18 meses morreu em casa enquanto estava a ser amamentado pela mãe, no Seixal. Segundo relatos de uma fonte da polícia ao Jornal de Notícias (JN), “a mãe do bebé estava com a criança ao colo, a amamentá-la, e adormeceu”.
No momento em que esta acordou, no sofá, o bebé já se encontrava em “paragem cardiorrespiratória e sem sinais vitais”, tendo sido declarado o óbito.
Em causa podem estar práticas frequentemente utilizadas por pais como forma de suavizar o cansaço associado às noites mal dormidas, como o co-sleeping, que consiste na partilha da cama dos pais com as crianças, e a amamentação na cama.
Ao Lisfestyle ao Minuto, a enfermeira Carmen Ferreira, especialista em saúde materna e obstétrica e consultora Internacional de Lactação (IBCLC), enaltece “as pouquíssimas contraindicações associadas à amamentação”, mas sublinhou a necessidade de adotar uma posição correta quando associada ao momento de co-sleeping.
A especialista salienta ainda que a amamentação, de forma isolada, quando não existe nenhuma patologia materna associada, poderá trazer mais “mais benefícios do que riscos”, nomeadamente na prevenção da síndrome de morte súbita do lactente e na sua imunidade“. Não obstante, não descarta a possibilidade de se analisar cada caso isoladamente.
Também Filipa Maló Franco, especialista em psicologia na área perinatal e no sono infantil, é da mesma opinião. “O co-sleeping e o bed-sharing são conceitos que podem coexistir em segurança com a amamentação e a amamentação é, inclusive, um fator muito protetor, tendo um impato de 50% a 60% na redução da síndrome de morte súbita do lactente. A amamentação é extremamente protetora do ponto de vista imunológico e para o desenvolvimento”, faz sobressair Filipa Maló Franco.
A importância de seguir as regras e evitar situações de risco
“Se os pais fizerem [co-sleeping] com a informação, sabendo das regras de segurança, este é um fator de proteção para os bebés e para toda a família”, continua a Filipa Maló.













