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Alemanha reabre a embaixada na Síria depois de 13 anos fechada

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“A embaixada tem uma pequena equipa política e continuará a expandir a sua presença, dependendo da situação”, disseram estas fontes, acrescentando que as questões de vistos e consulares continuarão a ser tratadas a partir de Beirute.

 

Antes de chegar à capital síria, a partir do Líbano, Annalena Baerbock ofereceu aos sírios a perspetiva de relações renovadas entre a Síria e a Europa, acrescida de uma ajuda humanitária contínua e um alívio gradual das sanções, mas apenas sob certas condições.

“Com a minha viagem hoje, portanto, reitero a mensagem clara aos sírios: um novo começo político entre a Europa e a Síria, entre a Alemanha e a Síria, é possível. Mas isto também anda de mãos dadas com as expectativas claras de que a liberdade, a segurança e a oportunidade na Síria se aplicam a todas as pessoas: mulheres e homens, membros de todas as etnias e religiões””, afirmou a ministra alemã.

A ministra acrescentou que “o acordo histórico com os curdos no nordeste demonstra que uma Síria unida está ao nosso alcance”, enfatizando que “a inclusão igualitária é necessária com outros grupos populacionais para que os drusos, alauitas, cristãos e outros também se possam sentir parte de uma nova Síria”.

Baerbock referiu-se ainda à onda de violência ocorrida há duas semanas, que resultaram numa “enorme perda de confiança”.

A ministra alemã referiu que “a enorme tarefa que o Governo de transição sírio de Ahmed al-Charaa enfrenta é pacificar o país, continuar a lutar contra as sementes do extremismo e do terrorismo, promover decisivamente a transição política e oferecer rapidamente perspetivas económicas à população”.

“É claro que este caminho é longo e rochoso, cheio de obstáculos e, sem dúvida, tem desvios. Mas também é claro que queremos apoiar os sírios juntamente com os nossos parceiros europeus e as Nações Unidas”, afirmou Annalena Baerbock.

Esta é a segunda viagem de Baerbock à Síria, após a sua visita em 03 de janeiro com o seu homólogo francês, Jean-Noël Barrot, e em nome da União Europeia (UE).

A agenda de Baerbock na Síria inclui ainda conversações com o Presidente interino sírio, Ahmed al-Charaa, e representantes da sociedade civil síria.

A Alemanha anunciou na segunda-feira que iria contribuir com 300 milhões de euros para a reconstrução na Síria numa conferência de doadores que reuniu promessas de 5,8 mil milhões de euros em ajuda.

A guerra civil na Síria começou em 2011, provocando milhares de mortos e milhões de deslocados.

Em 08 de dezembro, uma coligação de grupos armados rebeldes, liderada pela Organização de Libertação do Levante (HTS, em árabe) depôs o Presidente Bashar al-Assad, que fugiu para a Rússia. Ahmed al-Charaa, líder do HTS, é o atual Presidente de transição síria.

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