O famoso chef de cozinha espanhol Antonio Granero, que é pai de um dos menores envolvidos no homicídio da educadora social Belén Cortés, em Badajoz, disse, esta quarta-feira, que o seu filho continua sem advogado, dez dias depois de ter sido detido.
“Não tem defesa, todos os advogados se estão a demitir”, disse, numa publicação divulgada nas redes sociais, que é citada pela imprensa espanhola.
O homem, que tem um programa de culinária num canal de televisão da Extremadura, admitiu que não sabe qual é a sua “situação legal”, uma vez que não tem a “tutela e guarda” do menor, o que o impede de comparecer no processo.
“Isto funciona contra ele, ninguém o pode defender e as responsabilidades terão de ser apuradas”, disse sobre o filho, que tem 15 anos.
“Quero por favor pedir que alguém se encarregue da defesa do meu filho, nesta região, como noutras, há milhares de pessoas que ganham a vida defendendo menores e o bem do menor está acima de tudo, embora neste caso pareça que não é o caso”, apelou.
Antonio Granero revelou ainda que já falou com o filho e ouviu “a sua versão”, defendendo que “alguns” podem “ficar surpreendidos”.
“Teremos de descobrir de quem era o cinto, de quem é o ADN, teremos de ver as provas periciais, a reconstrução do terrível assassínio”, completou.
Recorde-se que a mulher, de 35 anos, anos foi assassinada num apartamento de apoio social, em Badajoz, Espanha.
Os responsáveis da morte são dois rapazes de 14 e 15 anos, e uma jovem de 17 anos que terá ajudado na fuga. De acordo com a imprensa espanhola, Belén Cortés terá sido agredida e, posteriormente, asfixiada com um cinto.
Os suspeitos fugiram num carro roubado à própria vítima, com o qual se despistaram, acabando depois detidos.
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