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Exército israelita ordena saída de palestinanos junto à fronteira

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A ordem surgiu depois de uma vaga de ataques do exército israelita contra a Faixa de Gaza ter causado a morte de mais de 330 pessoas, disse o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

 

Um responsável do ministério Mohammed Zaqout disse à agência de notícias France–Presse que foram registados “mais de 330 mortes, a maioria crianças e mulheres palestinianas, e centenas de feridos, dezenas dos quais estão em estado crítico”.

De acordo com a agência de notícias palestiniana Sanad, ligada ao Hamas, dezenas de pessoas foram mortas em ataques na cidade de Khan Yunis, incluindo membros de duas famílias que estavam nas suas casas quando foram bombardeadas pelo exército israelita.

Além dos ataques aéreos, foram também registados disparos de tanques na mesma cidade, no sul da Faixa de Gaza, indica a mesma fonte.

Relatos dos meios de comunicação palestinianos mencionam o vice-diretor do Ministério do Interior do Hamas, general Mahmoud Abu Watfa, como uma das vítimas mortais.

Após os ataques, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou que o país “retomou os combates” na Faixa de Gaza até que todos os reféns ainda retidos pelo Hamas sejam libertados.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que ordenou os ataques devido à falta de progressos nas negociações em curso para prolongar o cessar-fogo.

O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, que lidera um partido de extrema-direita, celebrou hoje o regresso da guerra em Gaza com um plano “que será completamente diferente do que foi feito até agora”.

“Estamos mais determinados do que nunca a completar a tarefa e a destruir o Hamas”, acrescentou.

Em comunicado, o ministro indicou que o ataque tem como objetivo “devolver todos os reféns e eliminar a ameaça que a Faixa de Gaza representa para os cidadãos de Israel”.

Um dirigente do Hamas disse hoje que a decisão do primeiro-ministro israelita equivale a uma “sentença de morte” para os restantes reféns.

Izzat al-Risheq acusou ainda Netanyahu de lançar os ataques “como uma tábua de salvação para as crises internas” que Israel atravessa.

No domingo, o procurador-geral israelita, Gali Baharav-Miara, rejeitou a decisão, tomada por Netanyahu, de demitir o diretor dos serviços secretos internos (Shin Bet), Ronen Bar.

Isto três semanas depois de a Procuradoria israelita ter ordenado ao Shin Bet que investigasse alegadas ligações entre vários funcionários do gabinete do primeiro-ministro e autoridades do Qatar, num escândalo conhecido como “Qatargate”.

Leia Também: Israel “retomou combates” na Faixa de Gaza até libertação de reféns

 

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