"Choque em modo manual ou semi-automático
Muitos DAE podem operar quer em modo manual quer semi-
-automático, mas são poucos os estudos que comparam estas
duas opções. Demonstra-se que o modo semi-automático reduz
o tempo para o 1º choque, quer em contexto hospitalar
105
quer
pré-hospitalar
106
com maior taxa de conversão de FV,
106
e menor
aplicação de choques sem indicação.
107
Por outro lado em modo
semi-automático o tempo de compressões torácicas é menor,
107,
108
principalmente porque o tempo de pausa para análise do ritmo
é maior. Apesar destas diferenças, na análise global dos dados
não há em nenhum dos estudos,
105, 106, 109
diferenças no RCE,
sobrevida, percentagem ou altas hospitalares. O modelo de desfibrilhação que proporciona os melhores resultados depende do
sistema implementado, da perícia, treino e capacidade dos reanimadores para reconhecer ritmos no ECG. A redução da pausa
pré-choque e do tempo sem compressões torácicas aumenta a
perfusão dos órgãos vitais e a probabilidade de RCE.
71, 110, 111
Com os desfibrilhadores manuais e com alguns DAE é possível
manter as compressões torácicas durante a carga do desfibrilhador e dessa forma reduzir a pausa pré-choque para menos
de 5 segundos. Os operacionais treinados podem aplicar o choque em modo manual mas exigem treino frequente de trabalho
em equipa e reconhecimento de ritmos"
http://www.cpressuscitacao.pt/files/2/d ... 640078.pdf, página 22