Peço desculpa aqueles que aguardavam pelo meu post. Eu sei que demorei a colocá-lo, mas não pude fazê-lo mais cedo... Vida de estagiário...
Este ENEE foi o pior em que participei. Porquê? Pois bem, aqui vai:
O Parque estava localizado a 4 km da povoação mais próxima. Sendo assim, só existia um supermercado (minúsculo) e que praticava preços exorbitantes. As filas para aceder ao mesmo eram intermináveis! Mais de 1hora para comprar um mero garrafão de água!
Também o restaurante e afins praticavam preços inaceitáveis por refeições INTRAGÁVEIS.
Só existiam 5(!) balneários em todo o Parque. Logo, as habituais filas para chuveiros, sanitas, urinois ou lava-mãos foram este ano bem mais demoradas que em anos anteriores.
A malta que se deslocou a este evento no seu veículo foi, na sua maioria, obrigada a abandoná-lo a quilometros do parque, no meio da MATA! Afortunadamente, fui de bus...
Os autocarros que chegavam não tinham espaço de manobra. Quase nem acredito que as coisas terminaram sem os condutores se chatearem a sério uns com os outros e com a organização. Acho que o que salvou aqui foi os civismo e bons modos de todos nós. Afinal, somos enfermeiros...
Não havia segurança!! E o controlo de quem entrava no recinto foi medíocre. Houve uma tentativa de violação de uma participante do ENEE! O atacante estava visivelmente sob o efeito de drogas e não possuia a pulseira de identificação comum aos participantes. Pergunto-me como terá ele conseguido entrar no parque e NO RECINTO? Inaceitável... Por sorte, quando o pior estava para acontecer, uns futuros enfermeiros que passavam perto ouviram os gritos de socorro da jovem e acorreram ao local...
A Organização prometeu uma ENEEsplanada paradisíaca (basta ler o folheto...), mas a unica coisa que vi foram umas cadeiras e mesas de plástico ao lado de mesas de matraquilhos que "comiam" as moedas mas não soltavam as bolas, num piso de terra que ao fim de dez minutos nos enchia as vias respiratórias de pó (coitado de quem for asmático...). Este ENEE pareceu-me um engodo...
O acesso à praia era perigosíssimo! Uma descida de declive acentuado, fortemente desaconselhado par quem se encontrar de chinelo de praia. A alternativa era, dsta feita em areia, mas bastante mais longe... Mas para aqueles que estiverem habituados a grandes caminhadas pela mata havia sempre a possibilidade de usarem umas escadas de madeira com aparente pouca segurança que existiam FORA do parque... Hilariante! aliás, desde a ENEEsplanada ao masturbador implacável que surgia nos balnearios das senhoras para espreita-las no banho e masturbar-se este ENEE foi uma anedota...
Não havia Luz!! Como é que é possível organizarem um evento desta dimensão num parque que não tem iluminação??? Eu ja nem peço uma tomada para carregar o telemovel. Eu pedia simplesmente que houvesse iluminação para que o pessoal visse onde punha os pés ou pudesse acorrer mais rapidamente aos gritos de socorro de uma rapariga que tivesse sido atacada na obscuridade... Existiam umas - e peço desculpa pela redundância - anedóticas lâmpadas de 45 ou 60 Watts - não sei bem- ao longo das ruas do parque. Já não sei se dá para rir, se para chorar... Mas, pronto, nós até somos compreensivos e fomos tentar falar com a organização para tentar arranjar uma solução, uma vez que NINGUÉM consegue viver condignamente sem electricidade.
Perguntamos se não havia solução. A resposta foi: nenhuma. Virou-nos as costas e fingiu que não estavamos ali.
Se calhar não ouviu. Tentamos novamente. A resposta foi: Ah, sim. Eu sei. A gente depois vê o que pode fazer.
Virou-nos as costas e foi falar com outro individuo que se encontrava a alguns metros de nós.
Como nós continuavamos a olhar para ele, na esperança de que ele estivesse a conversar acerca deste assunto, meteu-se num carro e foi embora. Mas, uma vez que nós estava-mos à frente deste e não dava muito jeito atropelar-nos ali à frente de tantas testemunhas, disse-nos: O parque não tem electricidade, vocês vão ter que se desenrascar... E arrancou sem mais explicações...
No dia do concerto dos The Gift foi desligada toda a iluminação do parque para que os dispositivos que os artistas tinham em palco tivessem corrente electrica suficiente. antes do concerto, ia eu a caminho do balneario, literalmente às escuras e ao passar ao lado dumas tendas de pessoal da Cruz Vermelha gritei: E para a Organização não vai nada, nada, nada?
Do outro lado da rua, no escuro, um grupo de raparigas respondeu em uníssono: NADA!!!
Então, termino com uma salva de palmas para a Organização: CLAP.