Vim parar a este Fórum por acaso numa recente pesquisa que estava a fazer na internet e vim directa a este post.
Vejo-me compelida a responder ao que aqui se falou...
A parteira em causa que falam é a parteira holandesa Mary Zwart, que por sinal é minha amiga... a minha filha foi a primeira bebe que ela acompanhou em Portugal... a sua intenção quando veio para Portugal era formar profissionais por duas vias: ajudar a criar um curso de entrada directa de parteiras (algo que tem vindo a ser discutido há mais de 3 anos e não avança! mas espero que breve se volte a ouvir algo sobre isso também) e dar formação para profissionais para os ajudar a sentir-se preparados para trabalhar fora do hospital e exercer a sua actividade independente. Infelizmente, ou felizmente, não sei, adiou esta sua intenção pois foi pedida a sua intervenção enquanto parteira por varias mulheres neste pais que não tinham outras parteiras... o cenário parece estar a mudar e mais parteiras começam a atender em casa agora... aos poucos, ainda com medo de uma caça às bruxas, parece-me!
Ora, a parteira Mary Zwart não está ilegal, tem até cartão da Ordem dos Enfermeiros portuguesa!
E, como deviam saber, o parto em casa não é ilegal e há até um comunicado pela OE no sentido de esclarecer a comunidade sobre este assunto:
http://www.ordemenfermeiros.pt/comunica ... 012_VF.pdfSão precisos mais parteiras (os), ou enfermeiras-obstetras, como queiram chamar, na assistência ao domicílio, para colmatar uma cada vez maior procura...
A Mary, breve vai lançar uma formação sua para os profissionais que queiram saber mais coisas sobre a especificidade do atendimento fora do hospital. Esta parteira trabalha há mais de 40 anos, tendo acompanhado mais de 6000 partos. Se alguém estiver interessado podem contactá-la:
https://www.facebook.com/humparportugalhttp://www.humpar.org/violencia-obstetrica.htmlE para quem tenha dúvidas, não, a Humpar não defende o parto em casa, a HumPar defende a liberdade de escolha da mulher e nesse sentido, defende a regulamentação do parto em casa
Abraços humanizados,
marta