Considero que não haveria necessidade de abordar este assunto se existisse nos lares enfermagem 24 horas por dia.
Julgo que o governo poderia regulamentar a obrigatoriedade de todos os lares de idosos particulares, IPSS, residenciais seniores, etc., a partir de determinado número de utentes ou de dependência, serem obrigados a ter enfermagem 24 horas por dia. Nos centros de dia, onde se administra medicação, creches, ATL’S etc, durante todo o período de permanência dos utentes.
Quantas vezes entram nas urgências idosos desidratados oriundos de lares, que se tivessem enfermagem no lar bastaria ser administrado soroterapia, ou existir verdadeiramente cuidados de enfermagem permanentes? Esses idosos entram no hospital, por vezes contraem IACS, com aumento dos dias de internamento, facto que não existia se fossem tratados nos respectivos lares. As altas hospitalares poderiam ser mais céleres pois haveria uma continuidade de cuidados nos lares.
As farmácias vendiam mais medicação que agora é apenas de uso hospitalar como por exemplo antibióticos EV, soroterapia glicosada, soros polielectrolíticos e outra terapêutica de uso exclusivamente hospitalar até agora, etc...
O estado ainda poupava no subsídio de desemprego pois haveria emprego para mais uns milhares de enfermeiros, com melhoria bastante substancial dos cuidados de saúde e redução da despesa em saúde com redução de idas à urgência. A medicação que agora é comparticipada a 100% (quando o idoso está internado) se essa medicação fosse vendida em farmácias para fornecimento em lares de idosos haveria uma redução em gastos com medicamentos.