Acho vergonhoso tornarem complexo algo que é simples, arranjarem nomes pomposos para as unidades curriculares ao invés de algo mais claro e taxativo.
Independetemente da necessidade, ou não, das referidas unidades curriculares para a formação o mais completa possível de um enfermeiro (seria mais fácil a instalação de um microship, mas pronto, pelos visto temos de ser omnivalentes, omnipresentes e mais coisas parecidas e giras e lindas tudo ao mesmo tempo), o que acho mais "triste" neste cenário todo é a adaptação das escolas aos professores e não o inverso. De uma forma sarcástica: "Oh amigos do Conselho, como isto anda tudo em redução de custo e fala-se de supra-numerários e tal... tenho medo que já não haja lugar para mim nesta escola. É que, sabem, tenho o Bentley para pagar, a minha mulher espetou o Mercedes último modelo, o meu filho faz 18 anos e queria dar-lhe o BMW... Ainda por cima ando com pinturas na casa e preciso de comprar "aquele" PDA... Resumindo, preciso do guito da escola."; "Não há problema, já arranjamos um buraquito para ti... Como há necessidade de leccionar "algo" e como "tudo" é enfermagem, há uma cadeira de opção disponível para ti... Escolhe só um nome todo rococó e com muitas palavras que a gente trata do resto.".
E pronto - Ploft - mais algo que germina e nasce por geração espontânea.
Para além do mais, e como isto não é suficiente e o nível de vida de "Suas Excelências" ainda não está suficientemente elevado... há que fazer uma "perninha" noutras escolas (públicas ou privadas) seja na licenciatura em si, especialização, pós-graduação, mestrados ou cursos intermitentes de formação.
Será que só há uma pessoa habilitada para fazer todo este trabalho? Ou será que há falta de assertividade em alguns profissionais que acumulam cargos? Talvez a palavra "não" esteja abolida do dicionário...
Talvez houvesse necessidade de criar um curso de formação intitulado "Como não ser um usurpador de lugares para professor quando nem sequer tirou uma licenciatura ou qualquer outra formação específica e também não tem a mínima vocação para o fazer". Não sei se este titulo seria longo demais, mas estou certa que a maioria destes (supostos) docentes não teria qualquer dificuldade a lidar com isto... Afinal já são contorcionistas habilitados no que toca a desdobramento por vários locais de trabalho...
Saudações cordiais (e viva o sarcasmo, a ironia e todos escritores que expõe o ridículo real das sociedades) ***