Ola colega!
Como os colegas disseram a forma de administração e a diluição dos fármacos depende do local onde estás a trabalhar e dos protocolos que possas ter. No meu caso, trabalho num bloco operatório e tenho os doentes sempre monitorizados (oximetria, valores tensionais, registos eletrocardiográficos e muitas PVC). Dado o risco associado à administração de alguns fármacos tens de ter a consciência dos efeitos secundários dos mesmos e se necessitam ou não deste tipo de monitorização. Dos efeitos secundários possíveis poderá advir uma necessidade acrescida de diluição, ou não, consoante o local onde estás e da capacidade de monitorizar o doente.
Envio-te um livro de anestesiologia (penso que publicado neste fórum) que poderá orientar-te. De qualquer forma não é uma fonte técnica mas apenas uma orientação..
Envio-te também as diluições que habitualmente fazemos no local onde trabalho:
ADENOSINA - directo
ADRENALINA - directo em PCR ou diluido noutras situações - diluida para seringa perfusora. Depende do protocolo de serviço
AMIODARONA – Uso normalmente 300mg como dose de impregnação em 500cc de dextrose 5% e depois uma dose de manutenção de 15mmg da mesma forma. Saliento que não costumo usar em caso de PCR como a colega, mas apenas no tratamento da sintomatologia.
ATROPINA - directo em PCR e bradicardia
ETOMIDATO – diluo 10cc de etomidato até 20cc de SF
FLUMAZENIL – diluído até 5 ou até 10cc
FUROSEMIDA - normalmente directo ou diluido até 5cc ou 10cc
HIDROCORTISONA - directo
MIDAZOLAM – diluo uma ampola de 15mg até 15cc de SF para ficar a 1mg/mL
NALOXONA – diluo até 5cc ou ate 10cc
PROPOFOL – directo- fica a 10mg/ml, embora haja e anestesistas que preferem diluir 10cc de propofol até 20cc de SF para ficar a 5mg/ml.
VECURONIO – A experiencia do colega é diferente da minha, uma vez que em caso de PCR muitas vezes não utilizam relaxante muscular. Eu utilizo quase sempre na intubação. Não costumo usar o vecurónio – nós usamos o rocurónio. O rocurónio é administrado de forma direta na indução anestésica e durante a cirurgia para manter o relaxamento necessário. É armazenado no frio e em ampolas a 10mg/mL. No caso de o doente ter necessidade de permanecer ventilado após a cirurgia usamos perfusões de rocurónio – diluímos uma ampola (50mg) até 50cc de SF, ficando a 1mg/mL. Usamos o rocurónio porque é o único que tem um antagonista que é o sugamadex. Os restantes relaxantes musculares não possuem antídoto sendo usado apenas a neostigmina em conjunto com a atropina (para diminuir os efeitos secundários da neostigmina) que actua na fenda sináptica por competição, sendo por isso mais lento e menos eficaz…
Cumprimentos