Pela 1ª vez em 12 anos inscrevi-me num congresso Nursing. O programa era atractivo nos seus conteúdos e tinha apenas um dia, embora com 2 salas em simultâneo, o que não me agrada particularmente pois sinto-me sempre defraudada, quando quero estar presente em 2 conferências a decorrer em simultâneo. Depois é aquela preocupação com as horas … acho detestável que se esteja sempre a entrar e a sair durante as conferências (desconfortável para conferencistas e participantes que estão sempre a ser incomodados quer se queira ou não e eu já estive nas 2 situações) e para estar a horas numa conferência, temos de sair antes da outra pois os horários…enfim, dificilmente são cumpridos. Mas…apesar deste contratempo, os temas e o preço convenceram-me.Tentei a inscrição on-line mas tive de desistir pois apesar de querer fazer o pagamento por transferência bancária, aparecia-me uma mensagem a dizer que era obrigatório o nº do cheque!Optei pelo fax e aguardei a confirmação. Como não tinha confirmação 48 horas antes contactei por telefone para confirmar e para saber o horário pois tinha acesso na net aos conteúdos mas não ao horário. O local era o Hotel Pestana Palace Lisboa, onde já tinha estado anteriormente e que é um espaço muito agradável.“Felizmente” estamos num ano de seca e o S. Pedro enviou um dia com sol e pouco frio pois o secretariado estava ao ar livre, no páteo. Comecei, então a observar mais atentamente…filas para levantar documentação, muitos colegas a “espreitarem” o sol, fila para entrar no edifício…mas lá fui resignadamente. Logo à entrada, no corredor, uma de cada lado da porta de entrada para o hall (sala campolina), 2 mesas preparadas para o coffee-break. Entrar na sala campolina, nem pensar…mas eu queria ir para a sala da esquerda (sala lusitano I) e fui apesar da dificuldade. Na entrada para a sala, um stand de produtos médicos, o que implica que se pare, se observe, se questione e se receba a explicação e receba o “saquinho”. Finalmente na sala, que é evidentemente grande mas não para tanta cadeira. Não posso precisar e não sou boa a calcular, mas a capacidade andaria pelo dobro do aconselhável para aquela dimensão. Os corredores eram estreitos e com os tripés de apoio às colunas de som. Para ajudar até os folhos de pano na base do palco iam levando uns pontapés. Já estavam colegas na sala mas ainda consegui escolher um lugar central. É que numa sala em semicírculo é difícil conseguir ver o ecrã, dos lugares laterais. Pouco a pouco a sala ficou composta…até demais. Colegas em pé, encostados nas paredes, sentados no chão…corrupio de entrada e saída e movimento na tentativa de arranjar um lugar vago no meio das filas de cadeiras.Após a conferência inaugural pensei que a situação melhoraria, pois iria começar o programa paralelo não em uma mas em duas salas, no entanto a situação manteve-se igual. Não posso adivinhar como estariam as outras salas, vazias? cheias? Mas uma coisa sei: é possível “meter o rossio na rua da betesga” e por isso se aceitam todas as inscrições independentemente da capacidade das salas. Aliás foi também os comentários que fui ouvindo enquanto tentava deslocar-me de uma sala para outra.No intervalo para café e porque por norma só me levanto quando quase todas as pessoas já saíram do avião, assim faço o mesmo nos congressos e por curiosidade contabilizei o tempo de saída da sala tendo ficado até ao final. Foram apenas 10 minutos. Em determinada altura alguém ainda abriu uma porta lateral que dava acesso ao páteo exterior e algumas pessoas saíram para lá. Pergunto-me como seria se tivesse havido um problema e tivéssemos de sair rapidamente. Café? Biscoitos? Eu como muitos não tivemos sequer oportunidade de chegar perto das mesas e quando lá chegámos só havia loiça suja. Ainda pensei que haveria mais mesas com café na sala campolina mas apenas uns stands aonde era impossível aproximar-nos e que alguns ofereciam um café expresso.Dirigi-me então para a sala Lusitano II, onde decorriam os workshops. Ainda não estava na hora de início, mas seria o local onde haveria algum espaço, para não estar a ser acotovelada ou pisada por todos os lados, mas a sala já estava cheia de colegas sentados e lugares marcados. Portanto a opção é …ficar em pé ou sentada no chão. É dito que os workshops foram programados para um máximo de 40 pessoas, mas que estão muito satisfeitos com tanta afluência, no entanto e como é lógico há que fazer adaptações de última hora. Então porque estão na sala quase o triplo das cadeiras? Porque se deixa entrar tantas pessoas? Porque não se limitam o nº de inscrições? Fui ouvindo os cometários dos colegas a propósito de toda esta situação…e não me pareceu que seja a única a pensar que é inadmissível que isto aconteça.Não estava indicado nem foi comunicado que tínhamos de levantar os recibos no local e que os certificados seriam enviados pelo correio mas seria necessário ir solicitar os mesmos, dando o nome e nº de telefone!!! Desculpem mas nada disto me faz sentido. O que se pretende? Que os colegas estejam presentes efectivamente e que só receba o certificado que esteve até ao final? Concordo com o objectivo se for o caso mas não na forma. Aliás ter-me-ia vindo embora, como o fez parte dos participantes após o almoço, (foi francamente sentido) se não estivesse interessada nos temas e no desenrolar de todo este processo. E porque não uma folha de avaliação para preenchimento no final do congresso? Penso que há que repensar todo este processo, foi dito que este ano tinha havido algumas alterações de formato e local. Espero que o 13º apesar do nº seja melhor organizado. Depois desta experiência não sei se voltarei a ter “vontade “ de participar, mas terei alguma curiosidade.