Para o presidente da ANL, José Chaves, a «internalização» das análises pela USLNE, poderá acarretar o fim da rede de laboratórios clínicos na região e os custos sociais associados.
José Chaves disse à Lusa que a ULSNE está a apresentar algumas alternativas aos laboratórios, que passam «por um acordo bilateral», com «uma redução de 30% nos custos das análises» e, se aqueles não a aceitarem, «será feito um concurso para que concorram com a melhor proposta, partindo sempre de um teto máximo de 30% para o serviço convencionado».
Esta proposta, porém, não é do agrado da associação, pois se os valores propostos pelos laboratórios não forem aceites, a ULSNE procederá então à «internalização» dos serviços de análises clínicas, nos centros de saúde ou nos hospitais da região.
«Esta situação, a acontecer, vai retirar à população a liberdade de escolher o local onde quer fazer as suas análises e, por outro lado, retirar qualquer tipo de viabilidade financeira e de sustentabilidade aos laboratórios existentes na região nordestina», enfatizou José Chaves.
Os representantes da ANL acreditam que, com esta posição, a ULSNE vai criar «uma situação menos cómoda para outros utentes, assim como para os benificiários do Serviço Nacional de Saúde».
Na reunião de hoje da ANL, em Bragança, foi apresentado o documento «Análises Clínicas no Nordeste Transmontano: cinco pontos que os utentes devem saber», sobre as consequências da internalização das análises e os direitos que assistem aos utentes.
A ANL tem por objetivo distribuir este documento junto da população.
FONTE: http://bit.ly/1rjdbb1