Os utentes afirmaram à Lusa terem sido surpreendidos na manhã de sexta-feira com um aviso colocado à porta da unidade que refere que a partir de segunda-feira, inclusive, vai ser suspensa a actividade assistencial na unidade “por motivos relacionados com a segurança do edifício e como medida de precaução”.
Como alternativa, os utentes deverão deslocar-se às unidades de saúde familiar do Ilhéu ou de S. Roque da Lameira.
A unidade serve a zona de Azevedo-Campanhã, que abarca o Bairro do Lagarteiro, onde na quinta-feira a EDP procedeu ao corte de dezenas de ligações ilegais de electricidade.
Liliana Almeida, de 32 anos, moradora do Lagarteiro, pediu logo pela manhã o livro de reclamações da unidade de saúde, onde escreveu um protesto que desde as 08h00 até às 12h20 foi subscrito por cerca de 310 utentes.
Os moradores reclamam contra o facto de não terem sido avisados previamente desta decisão, considerando que “isto é uma enorme falta de respeito”.
Criticam ainda não estar no local nenhum médico que possa explicar os motivos desta decisão.
Vereador da CDU deslocou-se ao local
O vereador da CDU Pedro Carvalho, que se deslocou ao local, criticou o facto de a população ter sido surpreendida na manhã de sexta-feira com a decisão de encerramento da unidade, considerando que a Câmara do porto tem de dizer alguma coisa sobre o assunto.
“A maioria Rui Moreira/Manuel Pizarro apontou durante a campanha esta zona oriental da cidade como prioritária”, recordou o autarca comunista, lamentando que a freguesia de Campanhã conte com cada vez menos serviços públicos.
Pedro Carvalho adiantou que o grupo parlamentar do PCP vai apresentar um requerimento ao Governo questionando esta decisão.
http://porto24.pt/porto/01112013/fecho-de-unidade-de-saude-em-campanha-provoca-protestos-dos-utentes/#.UnPb8_l3bic