As hormonas de crescimento artificiais são utilizadas para tratar crianças e adolescentes que apresentam, deficiência nas glândulas pituitárias e estas não produzem hormonas de crescimento suficientes. Este tratamento é dado às crianças e adolescentes para acelerar o crescimento dos mesmos devido a anormalidade genética ou a doença renal crónica, por exemplo.
Para o estudo, a equipa de investigadores da Universidade de Paris, em França, analisou 6.874 pessoas nascidas antes de 1990 e que tinham recebido tratamento com hormonas de crescimento entre 1985 e 1996 para tratar problemas de baixa estatura ou de deficiência de hormona de crescimento.
Os participantes forma seguidos entre 2008 e 2010 através de questionários de saúde e de consultas aos processos clínicos. O tratamento com as hormonas de crescimento tinham durado, em média, 3,9 anos.
Durante o período de seguimento foram registados 11 acidentes vasculares cerebrais (AVC), que tinham ocorrido numa idade média de 24 anos, resultando em 4 mortes. 8 dos AVC tinham sido de origem hemorrágica.
Comparando estes resultados com os esperados na população geral, que é de entre 3 a 7, sendo 2 de origem hemorrágica, os mesmos sugerem que na camada populacional que seguiu o tratamento com as hormonas de crescimentos o risco de AVC hemorrágico é 3 a 4 vezes maior do que a camada populacional que não recebeu o tratamento.
O autor do estudo Joël Coste comenta que “dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo que estão a ser tratadas com hormonas de crescimento devem ser informadas sobre este risco”.
O investigador adianta ainda que são necessários mais estudos para determinar se este tratamento é a causa do AVC mas que entretanto os pais e médicos devem considerar esta associação antes de se decidirem pelo tratamento.
Finalmente, ainda não foram determinadas são as consequências de longo termo associadas ao tratamento durante a infância com as hormonas de crescimento, ou seja quando estas pessoas chegarem à meia-idade, por exemplo.
FONTE: http://bit.ly/1pXLsxA