Enfermeira especialista em Enfermagem Médico Cirurgia - doente crítico
Mestre em Enfermagem e em Gestão dos Serviços de Saúde
Pós-graduada em: Gestão SS, Cuidados Paliativos, Nutrição, diabetes e metabolismo
Atividade profissional: Área clínica (serviço de urgência), docência (cuidados paliativos, ética e deontologia), investigação (área do idoso).
Portugal tem apresentado taxas de infeções hospitalares acima da média europeia com custos muito elevados.
No Natal as palavras, as imagens, os sorrisos, as mensagens, os votos, convergem para a amizade, a tolerância, o amor, a felicidade, a sorte, a bondade, a saúde… é uma altura do ano em que parece haver uma sensibilidade maior para o tema “família”.
“Conheço um Planeta onde há um Senhor (…). Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca gostou de ninguém. Nunca fez nada a não ser somas. E todo o dia repete como tu: «Sou um homem sério! Sou um homem sério!» e isso fá-lo inchar de orgulho. Mas não é um homem, é um cogumelo!”*
Porém, as coisas não são assim. Há aspetos de ambos os códigos - profissionais e das organizações - que não estão alinhados pelos mesmos pressupostos, já que vivemos num tempo em que se procura incutir uma certa moralidade assente no “politicamente correto”, como ilustra a passagem que transcrevo da proposta de modelo do Governoque referi:
O SR. Ministro da Saúde acertou na mouche: A presença de enfermeiros nos lares ajuda na diminuição do aparecimento de causas, na gestão clínica de situações agudas ou agudização de problemas crónicos
“Desculpe Sr enfº/ Sr. doutor, lavou as mãos?
Não se importa de ir lavar as mãos antes de tocar em mim?
Obrigada.”
A verdade é que os doentes que permanecem em macas, internados ou não nos corredores de serviços de urgências, recebem cuidados globalmente deficitários. Especificamente em relação à enfermagem, por muito que os enfermeiros se empenhem, é evidente que muitos cuidados básicos de que esses doentes necessitam não são adequadamente prestados ou não são mesmo prestados de todo.